Trabalhar
com crianças aparentemente não apresenta qualquer risco eminente. Mas são os
pequenos os maiores transmissores de doenças infecto contagiosas, o que coloca
os professores no grupo mais suscetível ao contágio pelo contato direto.
Entre
as doenças mais comuns estão Hepatite A, Citomegalovírus, catapora, gripe,
tuberculose e meningite, segundo destacou Mônica Levi, presidente regional da
Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) em São Paulo.
A
médica alerta também que, dependendo da escola, a escabiose, sarna e pediculose
também estão entre as doenças de risco e frequentes em professores pelo contato
intenso com a criança.
E
para evitar surtos e o contágio de aluno para professor, alguns cuidados
básicos são muito importantes. A doutora destaca higiene das mãos, dos objetos
e das salas de aula.
"Muita
atenção também na hora de trocar fraldas. Essa é uma via comum de um adulto
adiquirir hepatite A de uma criança. E o rotavírus também é frequente em quem
lida com crianças em creches", alerta Mônica. "Se estiver com uma
criança no colo, o ideal é usar uma máscara. E deixar as janelas abertas para
ventilação, principalmente em uma situação de surto".
Segundo
Mônica não há meio para a total proteção contra as doenças, por isso, o ideal é
que as escolas orientem seus professores e alunos para a vacinação.
Algumas
dessas vacinas, como a tríplice e a dupla viral estão disponíveis na rede
pública para qualquer idade. A vacina contra hepatite B é aplicada em adultos
de até 29 anos gratuitamente. Já gripe, catapora, caxumba e rubéola atendem
apenas aos grupos de risco, mas podem ser aplicadas em clínicas particulares.
E
apesar da importância da prevenção, Mônica afirma que são raras as escolas que
alertam seus funcionários. "As crianças são os maiores vilões destas
doenças infectocontagiosas, são os que mais pegam e que mais transmitem. E as
escolas não tem uma cobrança rigorosa. Não há exigência nem facilidade para que
o professor seja vacinado", afirma ela acrescentando que a falta da
cultura de proteger os profissionais é uma grande falha das escolas
brasileiras.
"É
raro encontrar escola que faça com que os profissionais contratados preencham
as vacinas recomendadas para que eles se protejam", completa.
E
no caso da Coqueluche, Mônica diz que a proteção deve ser inversa. Os adultos
devem se vacinar para proteger as crianças, principalmente aquelas abaixo de um
ano de idade, que são as mais suscetíveis a contaminação. A vacina no entanto,
só está disponível em clínicas privadas.
A
SBIm mantém em seu site um calendário ocupacional para cada categoria, com as
vacinas específicas recomendadas para cada profissão. No entanto, uma
orientação médica é indispensável.
Muitas
escolas também não mantém um profissional adequado para tal orientação, um
médico do trabalho, por exemplo. O que Mônica Levi considera essencial para a
segurança dos alunos e professores. Neste caso, os educadores devem buscar
orientação particular.
O
papel dos pais na prevenção
Algumas
dessas doenças são assintomaticas logo nos primeiros dias após o contagio,
entretanto, segundo Mônica, e este estágio é o que mais favorece os surtos.
"A contaminação acontece mesmo antes dos sintomas aparecerem. Um ou dois
dias antes, a criança que tem catapora ou sarampo, já está expelindo o
vírus", afirma.
Via
SRZD.
"Isso
leva os pais a mandarem a criança para a escola mesmo que ela esteja
doente", explica. O ideal é comunicar a escola ao primeiro sinal suspeito,
como presença de febre, por exemplo. E manter a criança isolada até passar o
período transmissível, que costuma durar até duas semanas após a doença.
Entretanto,
embora este seja um cuidado primário além da higiene das mãos, dos locais e
objetos, Mônica Levi ressalta a importancia da vacinação para evitar o contágio.
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