sábado, 24 de novembro de 2012

SAÚDE DO PROFESSOR: CRIANÇAS SÃO MAIORES TRANSMISSORAS DE DOENÇAS


Trabalhar com crianças aparentemente não apresenta qualquer risco eminente. Mas são os pequenos os maiores transmissores de doenças infecto contagiosas, o que coloca os professores no grupo mais suscetível ao contágio pelo contato direto.
Entre as doenças mais comuns estão Hepatite A, Citomegalovírus, catapora, gripe, tuberculose e meningite, segundo destacou Mônica Levi, presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) em São Paulo.

A médica alerta também que, dependendo da escola, a escabiose, sarna e pediculose também estão entre as doenças de risco e frequentes em professores pelo contato intenso com a criança.
E para evitar surtos e o contágio de aluno para professor, alguns cuidados básicos são muito importantes. A doutora destaca higiene das mãos, dos objetos e das salas de aula.
"Muita atenção também na hora de trocar fraldas. Essa é uma via comum de um adulto adiquirir hepatite A de uma criança. E o rotavírus também é frequente em quem lida com crianças em creches", alerta Mônica. "Se estiver com uma criança no colo, o ideal é usar uma máscara. E deixar as janelas abertas para ventilação, principalmente em uma situação de surto".
Segundo Mônica não há meio para a total proteção contra as doenças, por isso, o ideal é que as escolas orientem seus professores e alunos para a vacinação.
Algumas dessas vacinas, como a tríplice e a dupla viral estão disponíveis na rede pública para qualquer idade. A vacina contra hepatite B é aplicada em adultos de até 29 anos gratuitamente. Já gripe, catapora, caxumba e rubéola atendem apenas aos grupos de risco, mas podem ser aplicadas em clínicas particulares.
E apesar da importância da prevenção, Mônica afirma que são raras as escolas que alertam seus funcionários. "As crianças são os maiores vilões destas doenças infectocontagiosas, são os que mais pegam e que mais transmitem. E as escolas não tem uma cobrança rigorosa. Não há exigência nem facilidade para que o professor seja vacinado", afirma ela acrescentando que a falta da cultura de proteger os profissionais é uma grande falha das escolas brasileiras.
"É raro encontrar escola que faça com que os profissionais contratados preencham as vacinas recomendadas para que eles se protejam", completa.
E no caso da Coqueluche, Mônica diz que a proteção deve ser inversa. Os adultos devem se vacinar para proteger as crianças, principalmente aquelas abaixo de um ano de idade, que são as mais suscetíveis a contaminação. A vacina no entanto, só está disponível em clínicas privadas.
A SBIm mantém em seu site um calendário ocupacional para cada categoria, com as vacinas específicas recomendadas para cada profissão. No entanto, uma orientação médica é indispensável.
Muitas escolas também não mantém um profissional adequado para tal orientação, um médico do trabalho, por exemplo. O que Mônica Levi considera essencial para a segurança dos alunos e professores. Neste caso, os educadores devem buscar orientação particular.
O papel dos pais na prevenção
Algumas dessas doenças são assintomaticas logo nos primeiros dias após o contagio, entretanto, segundo Mônica, e este estágio é o que mais favorece os surtos. "A contaminação acontece mesmo antes dos sintomas aparecerem. Um ou dois dias antes, a criança que tem catapora ou sarampo, já está expelindo o vírus", afirma.
Via SRZD.
"Isso leva os pais a mandarem a criança para a escola mesmo que ela esteja doente", explica. O ideal é comunicar a escola ao primeiro sinal suspeito, como presença de febre, por exemplo. E manter a criança isolada até passar o período transmissível, que costuma durar até duas semanas após a doença.
Entretanto, embora este seja um cuidado primário além da higiene das mãos, dos locais e objetos, Mônica Levi ressalta a importancia da vacinação para evitar o contágio.


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