O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (8) que
alunos de baixa renda aprovados por meio de cotas em universidades federais
receberão uma bolsa de R$ 400 por mês para pagar despesas do curso. A
assistência foi inserida, segundo Mercadante, em uma medida provisória editada
pela presidente Dilma Rousseff e que tramita no Congresso Nacional.
Para
entrar em vigor, a bolsa depende da aprovação do Orçamento de 2013, que deve
ser votado no início de fevereiro. Segundo o MEC, a expectativa é de que o
benefício seja distribuído já no início do ano letivo.
Este
ano, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já reserva cotas nas universidades e
institutos federais de ensino superior para alunos de escolas públicas. As
inscrições para o Sisu foram abertas na segunda-feira (7) e às 14h desta
terça-feira registravam 1,1 milhão de candidatos.
De
acordo com o ministro, serão beneficiados alunos com renda familiar per capita
igual ou inferior a 1,5 salário mínimo que optarem por cursos com carga horária
diária superior a cinco horas. Os R$ 400 serão pagos por meio de um cartão
magnético entregue pelo MEC, semelhante ao que ocorre no programa Bolsa
Família.
Segundo
o ministro, o objetivo da bolsa é garantir que o estudante não abandone a
universidade. “Já encaminhamos a MP para o Congresso. Esses estudantes que
recebem renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que optarem por
cursos com mais de cinco horas de jornada terão direito a uma bolsa de R$ 400
por mês assim que entrarem na universidade e durante todo o curso”, afirmou.
Em
agosto, entrou em vigor a lei que determina que até 2016, 50% das vagas das
instituições federais sejam para alunos que fizeram todo o ensino médio em
escola pública.
Além
disso, metade deste índice será para alunos com renda familiar até 1,5 salário
mínimo. Há ainda um percentual para estudantes autodeclarados pretos, pardos e
indígenas de acordo com a proporção desta população no estado da instituição,
segundo o IBGE. Apesar de as instituições terem cerca de três anos para se
adequarem gradativamente à lei, em 2013, pelo menos 30% do total de vagas
ofertadas pelas universidades já serão preenchidas nestes critérios.
Via
G1.
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