Deputados do Ceará aprovam extinção do
Tribunal de Contas dos Municípios.
(Foto: Divulgação)
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PEC
precisa ser promulgada pela Mesa Diretora da Assembleia e, na sequência, será
publicada no Diário Oficial do Estado.
Por 30 votos favoráveis e nove contrários, foi aprovada
nesta terça-feira (8), em segundo e último turno, pela Assembleia Legislativa
do Ceará, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o Tribunal de
Contas dos Municípios do Ceará (TCM). Após a votação desta tarde, a PEC será
votada em sua redação final na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia
e seguirá para publicação no Diário Oficial.
A PEC, de autoria do deputado
Heitor Férrer, extingue o TCM, incorpora todos os servidores efetivos e
comissionados da corte ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE),
incluindo os procuradores e auditores que atuam perante os Tribunais.
“Não haverá nenhum prejuízo na
fiscalização nos municípios, nas prefeituras, porque todo o corpo técnico do
Tribunal de Contas dos Municípios irá compor o corpo técnico do Tribunal de
Constas do Estado. Nós estamos levando o estado do Ceará a ser o 24º estado –
dos 27 – a ter apenas um tribunal de contas.
Por outro lado, todos os
conselheiros do TCM são postos em disponibilidade “com direito e percepção
integral de suas remunerações, incluídos os subsídios, direitos e vantagens
pecuniárias, garantidos os reajustes nas mesmas datas e proporção dos
conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Ceará”.
"Já é sabido que a
questão ainda irá ao STF, como já externou o Domingos Filho, o que é natural.
Creio eu que desta vez não haverá brechas para que o STF interfira no que a
Assembleia aprovar”, avalia Heitor Férrer.
Embate político
A
proposta de extinção do Tribunal de Contas dos municípios é defendida pelos
deputados da base aliada do governador Camilo Santana e pelo deputado Heitor
Férrer, autor da proposta. Férrer defende que a extinção do órgão vai gerar
economia ao estado e que o TCM é usado como "cabide político".
O atual presidente do TCM,
Domingos Filho, alega que a proposta de extinção é uma "represália"
política a ele e vai facilitar a atuação de corruptos no estado, já que
deixaria de contar com as ações de fiscalização do órgão.
Segunda 'extinção'
Uma outra PEC aprovada na Assembleia
em 21 dezembro de 2016 extinguiu o TCM. Na semana seguinte à
aprovação, dia 28, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, temporariamente,
a medida. A decisão foi da presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, e teve
como relator o ministro Celso de Mello.
Na decisão, a ministra Cármem
Lúcia destacou eventual prejuízo que poderá resultar para a tramitação e
conclusão dos processos em curso no Tribunal de Contas dos Municípios, situação
que pode gerar prejuízos ao funcionamento dos órgãos de controle externo da
Administração Pública no Ceará.
A suspensão atendeu a um
pedido da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon)
que ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Essa Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ainda está pendente de julgamento pelo
plenário da Corte.
FONTE: G1 –CE.
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