quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DESIGUALDADE É A MENOR DA HISTÓRIA


A última década trouxe importantes avanços para os grupos tradicionalmente excluídos do País, como negros, analfabetos, nordestinos, moradores do campo e crianças. Foi justamente nestes grupos que o Brasil registrou os maiores crescimentos de renda entre 2001 e 2011, comportamento que pode ser explicado por fatores como o crescimento da economia e do emprego formal e a criação de programas como o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria.

Com isso, a desigualdade de renda no País atingiu seu menor nível desde os registros nacionais iniciados em 1960, mas ainda permanece entre as dez mais altas do mundo.
Para se ter uma ideia, no período em questão, a renda per capita dos 10% mais ricos do Brasil cresceu 16,6%, enquanto a renda dos mais pobres registrou expansão de 91,2% no período. Isso significa dizer que a renda dos 10% da população mais pobre cresceu 550% mais rápido que a dos 10% mais ricos. A mediana de renda no Brasil cresceu 63,61%, quase duas vezes mais rápido que os 32,2% da média de renda na década passada.
No Nordeste, a renda cresceu 72,8% entre 2001 e 2011, contra 45,8% do Sudeste. A renda também cresceu mais nas áreas rurais pobres, 85,5%, contra 40,5% nas metrópoles e 57,5% nas demais cidades.
No caso das pessoas que vivem em famílias chefiadas por analfabetos, a renda subiu 88,6%. Por outro lado, houve um decréscimo de 11,1% daquelas cujas pessoas de referência possuem 12 ou mais anos de estudo completos. A renda daqueles que se identificam como pretos e pardos também apresentou uma expansão maior: 66,3% e 85,5%, respectivamente, contra 47,6% dos brancos. Já a renda das crianças de 0 a 4 anos subiu 61%, contra 47,6% daqueles de 55 a 59 anos.
DADOS DO IPEA
As informações fazem parte do estudo "A Década Inclusiva (2001-2011): Desigualdade, Pobreza e Políticas de Renda", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Este é o primeiro documento lançado após a mudança de direção no órgão, que agora tem como presidente o economista Marcelo Néri.
O estudo leva em conta os dados da pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: DN

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