sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

PESQUISA- MULHERES QUE CONCILIAM TRABALHO E AFAZERES DOMÉSTICOS LEVAM ROTINA EXAUSTIVA


As mulheres brasileiras que trabalham e, ao mesmo tempo, precisam cuidar da casa consideram o seu cotidiano extremamente cansativo, apontou uma pesquisa realizada pela organização feminista SOS Corpo e os institutos Data Popular e Patrícia Galvão. No estudo, 75% da população feminina consultada diz enfrentar uma rotina exaustiva, enquanto 18% não sofre desse problema e 7% não sabe afirmar.
De um total de 800 mulheres pesquisadas, 98% disseram que, além de trabalhar, precisam se dedicar à casa. Dessas, 63% recebem ajuda, 10% recebem ajuda paga e 27% estão sozinhas nos afazeres domésticos. A participação dos homens nessas tarefas é baixa, 71% das mulheres não contam com nenhum auxílio masculino.
ANÁLISE
Entre os resultados do levantamento, o que mais chamou a atenção foi a preocupação das mulheres com a falta de tempo para se cuidar. Do total de 68% de entrevistadas que reclamaram de falta de tempo, 58% queixaram-se de não conseguir dedicar momentos a elas mesmas.
O restante das entrevistadas reclamou de não possuir tempo para ficar com família e filhos (46%), para se divertir (42%) e para dormir e descansar (32%). Entre todas as mulheres ouvidas, 60% disseram dormir menos do que oito horas por noite. Apesar da rotina corrida e da falta de tempo, 91% das mulheres consideram o trabalho fundamental para suas vidas.
Nesse contexto de competição no trabalho, 63% das entrevistadas concordaram com a ideia de que mulheres sempre ganham menos que os homens, enquanto 27% discordaram da afirmação. 10% das consultadas não concordaram, nem discordaram.
OUTROS DADOS
Outro dado apontado pela pesquisa, feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a estimativa do valor do trabalho feminino dentro de suas casas. Se ele fosse pago, somaria R$ 67,5 bilhões por mês em todo o país.
A pesquisa apontou que as principais melhorias que poderiam ser viabilizadas pelo governo são creche (16% das mulheres consultadas) e transporte (16%). Em seguida ficou emprego (14%), ensino para elas (10%), salário (8%) e escola para os filhos (7%).
Uma constatação positiva do estudo foi que as novas gerações poderão ser responsáveis por uma mudança desse cenário. Enquanto 27% dos homens entre 35 e 64 anos lavam louça, por exemplo, 40% dos que têm idade entre 18 e 34 realizam essa tarefa. “A mulher está insatisfeita com o homem e vai cobrar cada vez mais uma participação mais efetiva”, dizem  especialistas.
Porque, em geral, as dificuldades que o homem tem em lavar, passar, limpar o banheiro é um pouco grande , ao fazer essas atividades, é como se deixasse a identidade masculina de lado coisa que não é.
 Da Agência Brasil

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