O
grupo era conhecido pelas letras cômicas e pelo ritmo divertido que costumavam
marcar suas músicas. Uma das bandas mais bem sucedidas do país, e, também, uma
das carreiras mais curtas. Segundo os integrantes, o objetivo principal da
banda era levar alegria ao público.
No
final da década de 90, o baterista Sérgio Reoli conhece o guitarrista Bento
Hinoto. O irmão de Sérgio, Samuel Reoli, começou a se interessar por música e
aprendeu a tocar baixo. Os três formaram a banda Utopia, que fazia cover do
Legião Urbana e do Rush, e começaram a fazer alguns shows em bares locais.
Durante
uma apresentação, o público pede à banda que toque uma música do Guns ‘N’
Roses. Como nenhum deles sabia, eles chamaram uma pessoa da platéia para
cantar. Mesmo sem saber a letra, Dinho se dispõe a participar do show e, ao
invés de cantar uma música do Guns, fez palhaçada no palco, tirando gargalhadas
de quem assistia.
Com
este pequeno episódio, a formação da banda se completava, agora com Dinho nos
vocais e seu amigo, Júlio Rasec, nos teclados. O grupo continuou com as
apresentações sérias com covers de bandas famosas, mas percebeu que as
composições próprias, as letras cômicas, eram as que mais faziam sucesso.
A
partir de então, a banda deixou de lado o cover para tocar suas próprias
músicas, e adicionou a comédia às apresentações. O grupo muda de nome para
completar a mudança, e depois de sugestões como Os Cangaceiros de Teu Pai e
Tangas Vermelhas, Sérgio sugeriu Mamonas Assassinas do Espaço, que mais tarde
ficou apenas Mamonas Assassinas.
O
grupo gravou uma fita demo que foi distribuída a várias gravadoras, mas não
obteve nenhuma resposta positiva. Foi através do amigo da banda e baterista do
Baba Cósmica, Rafael Soares, filho do diretor da EMI-Odeon, que o Mamonas
Assassinas conseguiu a gravação do primeiro CD, auto-intitulado, em 1995.
As
primeiras músicas a emplacarem sucesso foram “Vira-Vira”, uma paródia do cantor
português Roberto Leal, “Robocop Gay” e “Pelados em Santos”. O som feito pelo
grupo era basicamente Pop Rock, mas frequentemente misturavam ritmos como
Sertanejo, Forró e Música Portuguesa ao gênero habitual.
A
banda passou a ser conhecida por todo Brasil nesta época e atraía multidões por
onde passava. No primeiro semestre de 1996, o disco já havia vendido mais de
dois milhões de cópias e os garotos estavam prestes a iniciar a carreira
internacional com alguns shows em Portugal.
Porém,
um trágico acidente aéreo leva à morte os cinco integrantes e a tripulação de
voo, interrompendo a trajetória de sucesso no auge. O dia 2 de Março de 1996 está marcado para sempre como a data em que os
integrantes do Mamonas Assassinas deixaram milhares de fãs tristes. O país não
conta mais com a alegria e irreverência dos garotos.
Dois
anos após o acidente é lançado o disco “Atenção, Creuzebek: A Baixaria
Continua”. Este foi o primeiro álbum ao vivo e póstumo, e trouxe algumas
canções inéditas como “Joelho” e “Onon Onon”.
Passam-se
mais oito anos e o segundo disco póstumo é lançado, para lembrar os 10 anos de
falecimento da banda. O título do álbum foi “Mamonas Ao Vivo” e o destaque foi
a música “Não Peide Aqui, Baby”, paródia do clássico “Twist and Shout” do
Beatles.
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