O
secretário de Saúde do Ceará, e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PROS),
criticou o comportamento no Ministério da Fazenda neste ano em que, segundo
ele, a economia está afundando. Com dose de remédio errada para recuperar a
economia.
A
crítica foi fundamentada por ele sustentando que nunca ouviu falar numa
economia despencando e a resposta ser aumentar juros e fazer arrocho fiscal.
Ciro Gomes opinou sobre a política econômica nesta terça-feira, 24, durante a
convenção nacional do PROS, realizada em Brasília, em que seu partido decidiu
apoiar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
"INSTINTO
ANIMAL"
Para
Ciro Gomes, o que se faz para sair da situação difícil é o oposto. Se os
agentes privados não estão bem, cabe ao governo e ao Estado incrementar as
presenças na economia para equilibrar e despertar o “instinto animal” do
empresariado.
No
momento, há uma massiva cessação de investimentos privados no Brasil. E,
segundo Ciro Gomes, não é por falta de conservadorismo. Na sua visão, o Brasil
não oferece mais confiança para os agentes econômicos que os investimentos
serão remunerados. “Está errado, basicamente está errada a política monetária,
cambial, fiscal, não tem política econômica que funcione no Brasil”, enfatizou.
Não
ao passado
Na
opinião de Ciro Gomes, a saída não é retornar a política econômica “tucana,
neoliberal e de arrocho de salários”, referindo-se ao período presidido
por Fernando Henrique Cardoso. “Eles nos entregaram o salário mínimo
equivalendo a US$ 76,00. Não é isso que se impõe para o país. Não evidentemente
um novo tipo de privatização a preço de banana como eles fizeram”, ressaltou.
Ciro
Gomes também realçou que não é um novo ciclo de desregulação econômica, a
exemplo do que ocorreu quando impuseram ao país uma lei de propriedade
intelectual que “é a mais cruel do mundo e contra os interesses nacionais”.
Não
poupou críticas à pré-candidatura do presidente do PSB, Eduardo Campos, que
classificou de “aventura pessoal”. Ele argumenta que Eduardo Campos estava com
os Gomes até “ontem, o que foi feito em Pernambuco foi feito por esta turma
aqui e ele de repente sai candidato, quando não deixou o partido ter candidato
na eleição. Não havia candidato natural aqui no Brasil.”
GUIDO
DEVERIA TER SAÍDO
Ciro
Gomes descartou as possibilidades para a economia do país previstas pelos
candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos. Ele disse que o
“caminho é por aqui”, no apoio à reeleição de Dilma Rousseff. No entanto,
marcou posição. “Eu quero mudanças profundas e quero sugerir também”, frisou.
Quanto
à necessidade de uma possível substituição do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, Ciro Gomes disse que agora não é hora. “Já deveria ter mudado, lá
atrás, no ano passado.
(Via
Politica real)
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