Desde
a época de Pitombeiras, quando era distrito de Massapê até a fundação da
cidade, em 1957, a educação do município de Senador Sá não apresentava
registros de documentação escolar nem
estruturação das unidades de ensino, durante a gestão do prefeito Alfredo
Campos. O ensino era ministrado isoladamente por três professoras
alfabetizadoras, a saber: Maria de Jesus Apoliano, Itelvina Sousa e Neném Maia.
Somente
em 1959, com a fundação do Instituto Nossa Senhora do Amparo, em homenagem à
Padroeira, vinculado à Congregação Missionária do Coração de Jesus, sob o apoio
eclesial de Padre Helênio Pereira, é que a educação primária vai se
estabelecendo com o ensino missionário. No decorrer dos tempos, essa
instituição de ensino foi-se desmoronando, durante a gestão do prefeito José
Moreira.
Em
07 de outubro de 1969, é fundado o Grupo Escolar Coronel Apoliano, pertencente
ao Estado, quando Plácido Aderaldo Castelo ainda era governador.
Quando
o prefeito José Aguiar assume o município, em 1972, reergue o referido
instituto e o transforma em grupo escolar denominado de César Cal´s. Após o
governo municipal de José Aguiar, assumindo Sancho Rodrigues, em 1975, a
educação vai se reedificando quanto aos arquivos de documentação escolar quando
a professora recém-formada
Maria
Gomes Vasconcelos (conhecida por Zélia) assume os trabalhos técnico-pedagógicos
do
município,
uma vez que na época do desmoronamento do instituto, a documentação escolar dos
alunos
havia sido levada pelas irmãs missionárias.
Nesse
período, o município dispunha de professoras alfabetizadoras que cuidavam do
letramento, a saber: Tereza Queirós, Neusa Rodrigues Alexandrino, Iramar
Queirós, Socorro Sérgio, Perolina Oliveira Neta e Luísa Macedo. Nos resquícios
do regime ditatorial, a educação sofre forte influência, como em nível
nacional, sob as ideias do educador Paulo Freire, chegando a fundar o Movimento
Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, na década de 70.
Durante
todo esse período, a educação senadorsaense era realizada por professoras
alfabetizadoras que se responsabilizavam pelas primeiras noções de leitura, da
escrita e de cálculo, no antigo primário (1ª à 4ª Série do 1º grau). Na zona
rural, existiam as chamadas “Casas da Professora” onde se ensinavam a ler e a
escrever.
Na
época, em 1976, a professora Zélia Gomes, contratada pelo Estado para assumir
as funções pedagógicas da escola estadual, também toma responsabilidade pelo
Grupo Escolar César Cal’s, na gestão do Sr. Sancho Rodrigues.
Em
1983, quando assume o prefeito Francisco Xavier de Mesquita, a educação sofre uma profunda transformação.
É criado o Órgão Municipal de Educação – OME, responsável pela supervisão e controle
técnico-pedagógico das unidades de ensino. Nessa época, assume o cargo de
Coordenadora Municipal de Ensino a professora Maria Gomes Vasconcelos, que
também responde pela escola estadual Coronel Apoliano. Ficam a cargo das
técnicas de apoio as funções de 2 planejamento, inspeção escolar e supervisão
pedagógica, sob o acompanhamento da coordenação deste órgão.
Além
da escola Nossa Senhora do Amparo, outras por força de decretos, são criadas
como a Escola Iracema Craveiro, de Serrota, a Escola Armando Aguiar, de Salão e
a Escola Teobaldo Moreira, de Crôa do Angico.
Através
do Decreto nº 01/1985, a Escola de 1º grau Nossa Senhora do Amparo passa a denominar-se Escola de 1º e 2º
Graus Nossa Senhora do Amparo, devido à implantação da modalidade Normal
(magistério de 1ª á 4ª Série), chegando a ser autorizada a funcionar pelo
Conselho de Educação por força do Parecer nº 910/1987.
Na
gestão da prefeita Lucileide Rodrigues Oliveira, o órgão educacional fica sob a
responsabilidade da professora Maria do Livramento Praxedes, no período de 1989
a 1990. Com a saída, em 1991, assume as funções de Coordenação a professora
Maria do Amparo Sampaio, que continua o
trabalho técnico-pedagógico junto às unidades de ensino da zona urbana e zona
rural até 1992.
Neste
período de 1993 a 1996, o O.M.E. passa a ser dirigido pela professora Maria
Deane Vasconcelos, na gestão do prefeito Alexandre Fonseca Marques. Na época,
em 1996, a Escola de 1º e 2º Graus Nossa Senhora do Amparo passa a denominar-se
de Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Amparo através do Parecer de
Reconhecimento da Instituição nº 1459/1997 pelo CEE, quando a direção estava
sob a responsabilidade do professor José Amilton Marques de Souza.
Paralelamente,
na rede estadual, havia sido implantada a gestão democrática do ensino público
com as eleições diretas para diretor, em 1995, continuando a dirigir a Escola
Coronel Apoliano a professora Zélia Gomes. Nesse período, deu-se a implantação
do ensino fundamental em ciclos e a modalidade de Telensino (Sistema de OA),
inclusive na rede municipal. Pode-se considerar uma época de abertura para
execução de projetos e programas educacionais pelo MEC, dentro do município. Um
dos pontos a ser destacado é a substituição de quadros negros por quadro branco
a pincel nas três salas de Ensino Médio, vindo a melhorar as questões
pedagógicas.
Do
período de 1997 a 2000, na gestão do prefeito José Rui Nogueira Aguiar, a
educação passa por significativas mudanças como, por exemplo, a extinção do
OME – Órgão Municipal de Educação e a
criação em lei da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, em
1998.
Assume
o cargo a irmã Judite de Jesus Nogueira Aguiar. O Fundef, fundo de gestão
municipal para o ensino fundamental, é criado por lei, em 1997. O Programa de
Alfabetização Solidária, em parceria com o MEC/UVA, é implantado no município
para combater o analfabetismo. Em 2000, o município assina convênio com a Universidade Estadual Vale do
Acaraú para oferecer uma turma de Licenciatura em Pedagogia em Regime Especial,
com habilitação nas séries iniciais e nas matérias pedagógicas, em Sobral.
Na
rede estadual, o ensino médio é implantado em 1998 em virtude do Concurso
Público.
Neste
caso, a escola passa a chamar-se Escola de Ensino Fundamental e Médio Coronel
Apoliano, vindo a melhorar sua estrutura e ampliando a oferta de matrículas
tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, inicialmente com as turmas
de 1º e 2º convencionais.
Na
gestão de 2001 a 2004, assume o prefeito Sancho Rodrigues Oliveira e como
Secretária de Educação a professora Maria de Jesus Silva. O Concurso Público,
em 2002, é realizado, através do qual muitos professores ingressam no
magistério tanto os da modalidade normal quanto os de licenciatura plena. Nessa
época, dá-se uma grande abertura para a formação de profissionais da educação,
como o Programa Proformação – Formação de Professores Alfabetizadores,
criando-se duas turmas de professores de todo o município, além do
Agora-eu-sei, programa de habilitação na modalidade Normal para professores
leigos que atuam de 1ª à 4ª série. Em convênio com a UVA, forma-se uma turma de
Pedagogia em Regime Especial implantada no município, em período de férias.
Em
2002, a Escola de Ensino Fundamental e Médio e Coronel Apoliano fica sob a
responsabilidade do professor Francisco Marques Sampaio, diretor eleito em 2001
e conclui mandato em 2004, com ênfase na melhoria dos resultados de
aprendizagem, com o lema “Educando com Cidadania”. Nesse período, a instituição
é credenciada pelo Parecer nº 238/2004 do CEE, ofertando o 3 Ensino Médio e a modalidade
de educação de Jovens e Adultos.
Implanta o Laboratório de Informática com dez computadores conectados à
Internet.
Em
2005, assume o governo municipal o prefeito José Rui Nogueira Aguiar, com o
lema “Paz, Ação e Progresso” e como Secretária de Educação a senhora Regina
Elena Magalhães. O órgão administrativo educacional passa ser denominado de
Secretaria de Desenvolvimento da Educação e Cultura –
SEDEC. No início do mandato, o governo municipal demite boa parte dos
professores concursados de 2002 e trava uma luta contra os professores na
Justiça do Trabalho, sendo reintegrados no ano seguinte. No mesmo ano 2005, é
realizado o Concurso Público por meio do qual professores ingressam no
magistério. Programas de formação e aperfeiçoamento como o Proletramento,
Proinfantil e o Profa, em parceria com o MEC/SEDUC são oferecidos aos
professores de 1ª à 4ª série. A aprovação da lei do Estatuto do Magistério vem
melhorar a política de valorização dos professores. O Ensino Fundamental passa
a funcionar com duração de nove anos. É aprovada a Lei que cria o Plano
Municipal de Educação – PNE. O município recebe o Prêmio pela erradicação do
analfabetismo através do Programa Alfabetização Solidária. Em 2007, o município
adere ao Programa de Alfabetização na Idade Certa – PAIC, voltado à melhoria da
proficiência de leitura das crianças do 2º Ano do Ensino Fundamental. Pelo resultados do Spaece-Alfa, sistema de
avaliação aplicado pelo CAED-UFJF e monitorado pela SEDUC, em 2007, o município
teve o pior desempenho de todos os 184 municípios do Estado do Ceará, com uma
média de proficiência de 57,7 na condição de não alfabetizado (cor branca). Os
alunos do 5º e 9º EF participam da prova Brasil para a média do IDEB – Índice
da Educação Básica, em 2007.
Já
em 2008, no período em que a professora Antonia Betijane Batista Rodrigues
continua os trabalhos da SME, o município passa para a condição de
alfabetização incompleta (cor vermelha), com uma média de proficiência de
leitura de 98,0. O PAR – Plano de Ação Articuladas teve início com os trabalhos
de mobilização e construção da Equipe de Trabalho.
Nesse
período, em 2005, o professor Sampaio, reeleito Diretor da EEFM Coronel
Apoliano, continua sua gestão com novos desafios de melhorar os indicadores de
aprendizagem dos alunos do Ensino Médio. Em 2006 conquista o título de
Escola-Piloto da GIDE – Gestão Integrada da Escola, devido ao programa de
Modernização e Melhoria da Educação Básica implantado na escola. Nessa época, a
escola chegou à 4ª Fase do Festal – Festival de Talentos, nas modalidades de
música e xadrez. Implantam-se o
Laboratório de Ciências e inicia-se a construção da Quadra Coberta Esportiva.
Em 2008, afasta-se de suas funções para candidatar-se a cargo eletivo, vindo a
continuar seus trabalhos de gestão a professora Maria do Amparo Gomes Araújo
até abril de 2009.
Em
2009, assume o governo municipal o jovem bacharel em Direito Alex Sandro Rodrigues Oliveira, com o
slogan “Gestão Valorizando a nossa gente.” À frente da Secretaria Municipal de
Educação, é nomeado para o cargo o professor Francisco Marques Sampaio, com o
lema “Educação com Responsabilidade”. O PAR 2008 a 2011, que havia sido
iniciado na gestão anterior, é concluído.
Neste ano, a educação toma novos rumos com a política de valorização e
formação dos professores como o Gestar II, Proinfantil, Cursos de formação
inicial e continuada no Eixo da Alfabetização e
Educação Infantil no âmbito do PAIC, em convênio com o Instituto de
Educação Superior do Brasil – IESB, implanta o curso presencial em Pedagogia
com funcionamento de três turmas e uma turma de Especialização latu-sensu em
Psicopedagogia Institucional e Clínica.
Neste
período, a SME, em convênio com a 6ª CREDE, lança um curso de formação
continuada em Rede para diretores, superintendentes e coordenadores escolares.
A
EEFM Coronel Apoliano, nesse período, é denominada, por força de decreto
estadual, de Escola de Ensino Médio Coronel Apoliano, sendo eleito para a
gestão o Prof. Eugênio Lemos. Neste período, muitos trabalhos são desenvolvidos
com uma nova gestão cujo lema é “Desenvolvendo uma cultura de paz”. A Quadra
Coberta Francisco Anastácio Sampaio, nesse ano,
é inaugurada.
A
SME implanta o processo de nucleação das escolas, reduzindo o número de
unidades de ensino e melhorando o parque escolar. Outro grande avanço é a
aprovação da lei nº 047/2009 que dispõe sobre o Sistema Municipal de Educação
baseando-se nas diretrizes e normas da LDB. Com isso, é criado em lei o
Conselho Municipal de Educação através da Lei nº 048/2009, órgão normativo do
sistema municipal de ensino, que deverá ser implantado em 2010. 4 É realizada a
Conferência Municipal de Educação de Senador Sá – COMESSÁ na qual são
discutidos os rumos para a educação municipal para 10 anos. Os trabalhos de
construção da Creche Proinfância do FNDE são retomados. A SME, nesse período,
faz aquisição de novos equipamentos, máquinas e de acervo bibliográfico para as
bibliotecas escolares e para a própria Secretaria.
O
município, neste ano, avança nos resultados do Spaece-Alfa chegando à condição
de alfabetização suficiente (verde-claro) com uma média de proficiência de
138,7 estando entre os dez municípios que mais avançaram em alfabetização. A
lei do Piso Salarial é aprovada e vem melhorar a questão da valorização dos
profissionais da Educação. Nesse
período, todas as escolas são credenciadas pela Resolução nº 430/2009 através
do SISP pelo CEE. Neste ano, as três escolas municipais de 9º Ano tiveram um
bom desempenho da Prova Brasil, melhorando o IDEB do município mediante as
médias projetadas. O Concurso Público para todos os cargos é realizado para
preenchimento de vagas e carências de professores em todas as escolas municipais.
Em
2010, deu-se sequência aos programas de Formação de Professores como o
Proinfantil, PAIC, a PARFOR (em parceria com a UVA), além da Escola de Gestores
onde participaram quatorze diretores e coordenadores no Curso de Especialização
em Gestão Escolar. No final do ano, os alunos da rede municipal – 5º e 9º Ano
EF, bem como os do Ensino Médio, participam do SPAECE. No final do ano, o
município alcançou o nível desejável com a proficiência média de 177,8 e teve
como Escola Nota 10 a EEIF Francisco Alexandre de Carvalho (Córrego dos
Cavalos) com uma média de 250,2. Na rede estadual, nesse período, a EEM Coronel
Apoliano vive momentos de turbulências em decorrência da exoneração do diretor
Eugênio Lemos, ficando a escola sob a
gestão de uma Interventora da 6ª da CREDE, Joelma de Lima. Foram seis meses de
acompanhamento e supervisão até a eleição de um novo diretor. As eleições são
realizadas, sendo eleito o Prof. Antonio José Uchôa de Mesquita, mas por conta
de denúncia de irregularidades da comissão eleitoral escolar, o processo foi
anulado. Um momento de muita revolta e protestos marca esse período, em 2010.
Mas novo processo eleitoral foi realizado e finalmente o referido diretor é
eleito e constitui sua equipe de gestão.
No
ano seguinte, em janeiro de 2011, o Secretário de Educação Prof. Sampaio pede
exoneração do cargo. A Coordenadora de Ensino Profª Maria Célia Elias Carneiro
continua os trabalhos com a
mesma equipe técnico-pedagógica. Os programas de formação continuada e
os projetos pedagógicos são mantidos, tendo em vista a organização e o
direcionamento das metas de aprendizagem projetadas. Os alunos da rede
municipal, desde a educação infantil à EJA recebem fardamento. Novos
equipamentos e mobiliários para as unidades escolares e SME são adquiridos
para
melhoria do ensino. No final do ano, as escolas participam novamente do SPAECE
e no, ano seguinte, os resultados são muito satisfatórios tanto da
alfabetização (SPAECE-Alfa) quanto os de 5º Ano (séries iniciais), elevando-se
as médias de proficiência para 225,0 no nível desejável no Spaece-Alfa (2º EF).
Novos ônibus do FNDE são adquiridos para o EF e para a zona rural. O município,
comparando-se as médias projetadas para 2007 e 2009, alcança 5,5 no IDEB de
2011, nas séries iniciais ultrapassando as médias, estadual e a nacional.
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historia de Senador Sá em PDF.
Por Francisco Marques Sampaio.
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