Todo poder
emana do povo e em seu nome será exercido. É o maior fundamento de um país que
se rege pelo Estado Democrático de Direito.
A liberdade de
expressão concede ao povo brasileiro, do rico ao pobre, o direito de manifestar
sua indignação com o governante que falha (ou custa) na promoção do bem-estar
geral da nação.
Bem-estar na
Constituição Federal é o direito social de acesso à educação, saúde,
alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção
à maternidade e à infância e, finalmente, a assistência aos desamparados.
O acesso
precário a um direito social previsto na Lei Maior, ou a sua falta mesmo, deve
constranger todos os que foram eleitos (do vereador ao Presidente da República)
para que a Constituição seja cumprida.
O Brasil é um
imenso país de carências e ausências para significativa parcela da população.
A luta pela
redução das desigualdades sociais fez com que a presidenta Dilma Rousseff
adotasse como prioridade a erradicação da miséria. O lema do seu governo é
"País rico é país sem pobreza".
Aqueles que
vaiaram e xingaram a presidenta na abertura da Copa do Mundo em São Paulo
seriam os pobres indignados porque Dilma não cumpre a promessa? Não, no
Itaquerão estava o torcedor VIP do Brasil.
Nenhum deles
sofre qualquer carência material ou social. Se não há segurança pública, há a
privada. Não são espremidos num ônibus ou metrô. Seus filhos estudam nas
melhores escolas, que não são públicas. Trabalho, alimentação, lazer, moradia,
nem se fala, é do bom e do melhor.
A vaia e o
xingamento nada tem a ver com indignação com um país que faz a Copa do Mundo,
mas continua devendo hospitais, escolas, moradia e segurança pública de
qualidade. Tampouco foi uma hostilização solidária aos pobres sem serviços
públicos "padrão FIifa".
A presidenta
ouviu impropérios de quem não está se dando mal no seu governo (e nunca se deu
mal em governo algum), e pode pagar para assistir nos estádios a elitizada Copa
do Mundo.
A única razão
para estarem indignados é que eles não são seus eleitores. Embora a festa tenha
sido garantida por Dilma Rousseff, os convidados querem outro no poder para
representá-los. Terão liberdade nas urnas para derrotá-la. E se perderem,
continuar o xingamento.
(politica
real)
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